A Umbanda se fundamenta nos seguintes conceitos:
- Um Deus único e superior: Zâmbi, Olorum ou simplesmente Deus..
Em sua benevolência e em sua força emanada através dos
Orixás e dos Guias, auxiliando os homens em sua caminhada para a elevação
espiritual e social.
- Os Orixás.
Seres do Astral superior que representam a natureza e como
esta atua e interage com os seres humanos.
- As Entidades/ Guias.
Espíritos de Luz e plenitude que vêm à Terra para ensinar e
ajudar todas as pessoas, encarnadas e desencarnadas.
- Os Espíritos (generalização).
Seres desencarnados que atuam de várias maneiras no mundo em
que vivemos: maneiras positivas (são os Guias da Umbanda; os espíritos de Luz
do Espiritismo - Kardecismo). Maneira negativa: espíritos maléficos ou perdidos
(os Kiumbas - nome dado na Umbanda); obsessores ou espiritos sem Luz (nome dado
no Espiritismo).
- A Reencarnação.
Ato natural do cliclo de vida (vida - morte - renascimento);
aperfeiçoamento do espírito e do proprío homem.
Consite na crença de que várias existências são necessárias
para se chegar ao equilíbrio evolutivo e aos diversos planos da
espiritualidade.
A origem dessa crença é indiana e penetrou em várias
religiões ao longo dos séculos: Religiões Hindus, Budismo, Umbanda, Candomblé,
Espiritismo etc
- O Kharma.
Lei reencarnatória a qual todos estamos subordinados que
dita a forma e os meios pelos quais será dado o retorno a um corpo material
afim de resgatarmos nosso erros (de existências passadas) e fazer cumprir boas
ações (na existência futura).
O Kharma, por vêzes, ultrapassa as barreiras temporais da
materialidade fazendo com que o espírito cumpra sua passagem pela Terra não
reencarnando, mas sim, como um Guia (Preto-Velho, Caboclo, etc; no caso da
Umbanda). O qual tem como comprometimento, missão ou provação guiar e ajudar os
seres humanos e outros espíritos.
Exemplo em termos genéricos do Kharma:
Uma pessoa A que por pura ganância e egoísmo prejudicou a
vida de B colocando-a na sarjeta e levando-a a cometer atos espúrios e em
conseqüência a morte, sendo que B morreu nutrindo um ódio muito grande por A
que a prejudicou.
O Kharma que A poderia ter seria vir (reencarnar) como mãe
de B. E B, por sua vez, poderia aceitar um Kharma de vir como filho deficiente
de A, para que ambas pudessem cumprir seus Kharmas e evoluir e aprenderem
juntas o sentido da solidariedade e do amor.
- O Dharma.
De várias modos os Umbandistas, em geral, vêem o Dharma
embutido dentro do Kharma e, por vêzes, fazem referências ao Dharma em formas
de Kharma e vice-versa. Por isso, eu preferi fazer a referência ao Dharma em
separado, mas resaltando que não há o Dharma sem o Kharma, mas que ambos têm
seu próprio significado.
Lei de conduta na qual o espírito já encarnado, ou não,
tangem sua existência, afim de cumprir seus Kharmas. Quando há a quebra do
Dharma ou sua deturpação caímos em novos Kharmas.
Exemplo genêrico do Dharma:
Utilizando o exemplo acima, teríamos como Dharma de A o
cuidado materno que ele teria que dar a B como seu filho, o com rometimento e a
atenção.
Já o Dharma de B seria o respeito, a atenção e o carinho que
ele teria que dar a A como sua mãe.
- A Mediunidade.
O Dom dado por Deus às pessoas para que elas possam
interagir com os espíritos, como instrumentos de difusão de força divina
através da incorporação, da psicografia, da audição, da PES (Percepção Extra
Sensorial), e de outras forma no sentido de, humildemente, servir a Deus e
ajudando a todos que necessitem de caridade e no encontro da fé.
- O Caminho (ele tem relação com o Dharma e com o Kharma).
Os Umbandistas crêem na caridade, no amor e na fé, como os
elementos principais na evolução espiritual e material do Homem em seus vários
estágios no Ciclo da vida.
A Umbanda não discrimina nenhuma religião, visto que todas,
desde que alicersadas pelas mão divinas (e não por interesses econômicos e/ou
mesquinhos e materialistas), são válidas na caminhada ao encontro da fé.
Cada pessoa, cada ser humano, deve procurar a Religião que
mais o complete; com a qual se identifique nos seus fundamentos, preceitos,
doutrina e rituais, ou meramente nos aspectos filosóficos e científicos.
- Referências Africanas, Indígenas, Européias e Indianas.
A UMBANDA é uma
junção de elementos Africanos (Orixás e culto aos antepassados), Indígenas
(culto aos antepassados e elementos da natureza), Brancos (o europeu que trouxe
seus Santos e a doutrina cristã que foram siscretizados pelos Negros Africanos)
e de uma doutrina Indiana de reencarnação, Kharma e Dharma, associada a
concepção de espírito empregada nas três Raças que se fundiram (Negro, Branco e
Índio).
A UMBANDA prega a existência pacífica e o respeito ao ser
humano, a natureza e a Deus. Respeitando todas as manifestações de fé,
independentes da religião.
A máxima dentro da UMBANDA é "Dê de graça, o que de
graça recebestes: com amor, humildade, caridade e fé".