Historia de Ogum

Ogum também é a viagem, a estada longe, os veículos. Ogum é a jornada, a empreitada, a luta do dia a dia. É a estrada de ferro, o impacto do trem nos trilhos. Ele é o próprio trem... ele é o próprio trilho. Considerando como um Orixá impiedoso e cruel, ele pode até passar essa imagem, mas sabe ser dócil e amável. Ogum é franqueza, a decisão, a convicção, a certeza, o fato consumado, as vias de fato. Ogum é o empilhamento de metais, a bateria que gera a energia, a pilha; é a própria energia, vibrante, incontrolável, devastador, Ogum é a vida em sua plenitude. Ogum também está presente nas construções, nos edificios, no cimento que vai unir tijolos e construir casas. Ogum é a muralha, o obstáculo difícil de ser vencido. É o amianto, o aço, o ferro, a bauxita, o manganês, o carvão mineral, a prata, o ouro maciço, o diamante em estado bruto.Ele é também a lapidação, o aparelho cirúrgico, o aparelho dentário, o próprio dente. É o ato de cortar, morder, devorar, sem piedade e com a negritude da fome. Ogum também é o zinco, o cobre, o alumínio, o parafuso, o prego, a mola, a viga, a estrutura, o concreto, a dureza, a firmeza.

Ato do Bater a Cabeça
Talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.
Seu significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega. Também pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento.
Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pelos, orixás, guias e entidades, e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião.
A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, em função de doutrina e fundamentos próprios.
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